domingo, 1 de março de 2009



“A ação de um único homem pode salvar mais de mil vidas”

A Lista de Schindler é um documentário que retrata com fidelidade a história real do drama vivido pelos judeus na época do holocausto.
A trama nos mostra a trajetória de Oskar Schindler, um alemão que se aproveitou de certa influência entre os nazistas durante a guerra para abrir sua fábrica de produtos esmaltados.
Tudo se inicia quando Schindler contrata um contador judeu (Itzhak Stern), o qual se torna amigo e orientador de Oskar. Stern, assim como Schindler foi um aproveitador, influenciando-o a obter lucro através da mão de obra judia, o que lhe custaria bem menos do que contratar operários poloneses. Foi o grande responsável por Oskar empregar judeus que não seriam úteis para os nazistas e provavelmente mortos. Falsificou documentos fazendo professores se passarem por operários.
Seus operários tinham “imunidade” perante o governo nazista ao apresentar carteira de trabalho; homens, mulheres e crianças trabalhavam na fábrica cada um em sua função, onde tinham comida e bons tratos. Uma vida extremamente diferente de seus parentes judeus nos campos de concentração.
No decorrer do filme é notável a mudança de sentimentos de Schindler pouco a pouco quanto aos judeus, onde usa sua suposta amizade com Amon Goeth (comandante do campo de extermínio) para ter acesso livre aos judeus e ajudá-los da maneira que podia.
Para o partido nazista, Schindler era visto como um homem mau, um autentico nazista pior até que os próprios exterminadores, pois aos olhos deles, Oskar iludia os judeus. Idéia essa que logo foi derrubada, quando em seu aniversário, Schindler beijou uma judia em forma de agradecimento ao carinho dos operários que lhe fizeram um bolo, demonstrando seu afeto aos judeus diante de todos ali presentes.
Com o avanço das tropas russas, os administradores de Plaszow receberam a ordem de desativar o campo, o que causaria a transferência dos operários para outros campos de concentração onde provavelmente seriam mortos. Porém Schindler interviu, alegando necessitar da mão de obra experiente. Subornou Amon e criou uma lista de judeus, pagando por cada um deles. Oskar novamente surpreendeu quando ele próprio vai atrás de saber do paradeiro das judias de sua lista que foram desviadas para um dos campos de concentração e novamente suborna comandantes nazistas para ter de volta suas operárias. Os judeus de Schindler foram transferidos para sua cidade natal, onde abriu uma nova fábrica com munições defeituosas, o que evitou mais mortes nos campos e obviamente o levou a pobreza.
O desfecho ocorre quando ao final da guerra, Schindler anuncia aos operários sua libertação e a partida dele ao amanhecer, pois era tido como um dos criminosos da guerra e provavelmente seria perseguido. Há então o reconhecimento dos judeus e estes o presenteiam com um anel de ouro, feito com um dente de um dos operários. Schindler emocionado se questiona o porquê não economizou mais para então salvar mais vidas.
Schindler foge junto com a esposa e o documentário é encerrado com os judeus da lista de Schindler e seus interpretes indo até seu túmulo.
O maravilhoso trabalho em preto e branco, transmitindo ainda mais a realidade às telas, dirigido por Stiven Spielberg é vencedor do Oscar de melhor filme.



“Aquele que salva uma vida, salva todo mundo” (Itzhak Stern)

Brenda Nurmi.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

... Carnaval ...

Muitos dos intelectuais que conheço condenam o carnaval, como espécie de orgia, palhaçada, coisa de quem não tem o que fazer.

Isso também ocorre com o futebol, e os mesmos se indignam pelo Brasil ser conhecido "lá fora" como o país de ambos (como um país do oba, oba!), mas o que ninguém percebe é que além de diversão existe cultura em tais gêneros....

Assistindo as escolas de samba de São Paulo, pude notar a luta de um povo, a emoção do dever cumprido, a alegria de poder transmitir sua mensagem para o mundo!

E o que é realmente frustrante, é saber que os estrangeiros têm essa sensibilidade ao analisar o trabalho realizado pelas escolas de samba. Muitos turistas saem de seus países só para admirar mais de perto tal evento, enquanto muitos de nós, brasileiros vemos com desprezo nossa própria cultura.

Lamentável.

Mas assim vamos seguindo... Esperando que um dia isto mude!